jueves, 6 de septiembre de 2012

CHINA AMEACA BRASIL NA AMERICA LATINA

terça-feira, 10 de maio de 2011China ameaça o "subimperialismo" brasileiro


Chávez "namora" China e inquieta Brasil

Flávia Marreiro, de Caracas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aposta na parceria com a China para alavancar sua campanha para a reeleição em 2012. Os chineses são sócios dos projetos prioritários do governo - como financiadores, em participação direta ou ambos-, incluindo o megaprograma habitacional lançado no fim de semana. "Estou apaixonado pela China", disse Chávez em março passado, junto a executivos chineses da empreiteira Citic, que promete construir 40 mil casas até 2012. A soma dos principais projetos habitacionais venezuelanos com que o Brasil, sócio tradicional no setor de construção, está envolvido resulta em 20 mil casas - a metade da meta da Citic. O exemplo do "Minha Casa, Minha Vida" venezuelano - Chávez quer construir 600 casas por dia até o fim de 2012- se soma à entrada dos chineses no setor de infraestrutura e provoca incômodo no mundo empresarial alheio, inclusive o brasileiro.

Tanto a paixão de Chávez quanto os ciúmes brasileiros têm razões objetivas. Segundo o Ministério de Economia e Finanças, a Venezuela tem hoje à disposição US$ 32 bilhões de crédito com a China. Segundo o governo, US$ 6 bilhões já estão destinados a 23 projetos prioritários e outros US$ 10 bilhões estão à espera de melhores planos. O salto da relação entre Pequim e Caracas se deu em 2010, quando a estatal de petróleo PDVSA e o governo comunista fecharam acordo de financiamento de US$ 20 bilhões, na forma de envio diário de barris de petróleo. A queixa de empresários ouvidos pela Folha é que só os projetos com o selo da parceria com Pequim levam os recursos. As demais empresas acumulam dívidas e paralisam obras. "Os projetos de engenharia que estão fora do esquema da cooperação com a China, como os brasileiros, têm um fluxo muito mais lento. Cabe às empresas do Brasil, que são bastante competitivas, buscar meios de se proteger dos atrasos", diz Fernando Portela, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Venezuelana-Brasileira, com sede em Caracas.

O governo venezuelano tem dívida de mais de US$ 1 bilhão com a brasileira Odebrecht, a maior construtora em atuação na Venezuela. A preocupação ocorre ainda no setor de vendas de máquinas brasileiras, de construção ou agrícolas, já que também neste setor os contratos chineses são fechados: financiam, vendem insumos e, agora, operam os projetos. Tanto empresários como o governo brasileiro admitem que é difícil competir nessas condições, especialmente pelo fator crédito. Mas defendem que o caráter integral da cooperação brasileira servirá de contenção ao avanço chinês e que o Brasil não perderá espaço estratégico [é esperar para ver, rsrsrsss...].Folha de São Paulo, 10/05/2011, caderno Mundo) 

[PS: Falo em subimperialismo não por endossar certa retomada de Rui Mauro Marini, pois falar em “teoria” do subimperialismo parece-me uma bobagem, o expansionismo das economias dependentes só pode ser tema de pesquisa empírica, tendo em conta, no plano interno, o papel do Estado à sua realização e, no externo, a competição intercapitalista mundial. Agora, que o expansionismo/imperialismo brasileiro deste início de século é "sub", não tenho dúvidas, mas estou apenas sendo irônica, nada a ver com as teses de Marini, cuja retomada, creio, pode ser produtiva

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